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O que se passou na Assembleia Legislativa da Madeira no dia 17 de junho ultrapassa os limites do aceitável em democracia. Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo, protagonizou um espetáculo indigno, recorrendo a insultos como “gaja”, “burra do cara**”, “bardamerda” e “palhaço-mor” para se referir a deputados da Oposição.
Independentemente do “clima de tensão” ou do entusiasmo político, não há espaço para este tipo de linguagem num órgão parlamentar. O recurso a palavrões e ataques pessoais, para mais vindos de um membro do Governo Regional, representa uma degradação do debate político e uma desvalorização da própria instituição.
Pedir desculpa, como Eduardo Jesus acabou por fazer, é o mínimo. Mas é claramente insuficiente. A democracia não se compadece com quem a trata com desrespeito, e muito menos com quem insulta representantes eleitos.
A exigência de normas de conduta mais rigorosas, tal como propõe o PS-Madeira, é urgente. E a demissão do secretário regional já deveria ter sido apresentada — por iniciativa própria ou por exigência do executivo que representa.
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