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Diogo Jota e o seu irmão, André Silva, seguiam num Lamborghini Huracán EVO que, segundo o Record, ficou totalmente destruído e incendiou-se, levando a vida dos dois futebolistas.
Nesta quinta-feira, dia 3 de julho, no “Grande Jornal”, na CMTV, Pedro Nogueira, instrutor de condução defensiva e evasiva, analisou o veículo em questão e com base no alegado rebentamento do pneu numa alegada ultrapassagem, terá ditado o despiste.
“É difícil, à distância de um estúdio de televisão, fazermos estas previsões e estas análises daquilo que pode ter ou não causado o acidente. A análise de acidentes requer a aquisição de dados não só fisicamente no local, como também através da análise da centralina do carro, quando é possível, é semelhante à caixa negra dos aviões, contudo é menos resistente“, começou por dizer.
A Lamborghini ‘pode receber’ os dados da viatura, visto que “estes carros mais modernos estão quase todos possibilitados de serem ligados às marcas, às fábricas, até porque são carros que se enquadram dentro daquilo que são os chamados super desportivos e que estão constantemente a serem analisados na sua resistência dos materiais e dos equipamentos“.
Quanto às principais caraterísticas, “é um carro de tração traseira, são carros que facilmente ultrapassam os 300 quilómetros por hora, são carros que fazem dos 0 aos 100 qualquer coisa como cerca de 3,2 segundos, são carros muito rápidos. São carros que também são acompanhados de um tecnologia muito desenvolvida na competição, andam muito mas também são bastante seguros. São exigentes no sentido do conhecimento que é preciso ter para lidar com eles, porque são carros que também permitem uma condução perfeitamente normal, tradicional e que, quando assim é, não requerem uma grande preparação. É um carro muito estável, em termos de sistema de travagens nada tem a ver com os sistemas que equipam os nossos carros tradicionais“.
Pedro Nogueira defendeu: “Falando em termos abstratos, se o rebentamento de um pneu pode provocar um acidente, pode. Se pode provocar um acidente desta dimensão, por si só, não havendo outros factores que, em conjugação, tenham provocado isto, nomeadamente ele ter-se incendiado a seguir, que é uma das coisas que as marcas prestam muita atenção. Podemos perceber que, a dada altura, os carros, quando batem, o incendiar é muito estranho, não é normal. Porque quando há uma destruição das várias componentes, no caso de um embate tão forte, como aquele que houve, a eletrónica e a parte toda de segurança do próprio carro vai atuando de maneira a impedir que o combustível continue a sair, por exemplo. Mesmo que seja um embate muito violento, eu considero difícil e a marca, com certeza, vai querer perceber e vai querer investigar o que é que terá estado na origem do incêndio“.
O carro alugado contém “muita tecnologia e qualquer problema que eventualmente tenha é, na maior parte dos casos, imediatamente indicado seja no computador de bordo, seja no computador que eventualmente se possa ligar na altura de fazer as revisões“.
Já sobre os pneus, há “certamente avisos de baixa pressão” e “pode originar, sem que o condutor se aperceba desse aumento de temperatura súbita do pneu, o rebentamento“.
Pedro Nogueira sublinhou: “A única coisa que falta aqui é o erro humano. Nós temos que mitigar, não estou a dizer que, neste caso, tenha sido erro humano, estamos a falar em termos abstratos, na sinistralidade rodoviária, principalmente no nosso país, aquilo que ainda continua a acontecer muito é o erro humano“.
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