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“Não quero ser o gajo mais rico do cemitério”

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Beto é atualmente guarda-redes do Leixões, mas já passou por clubes como o Sporting (clube da formação, ao qual regressou anos mais tarde), SC Braga, FC Porto, Sevilha, Goztepe- último clube antes do regresso a Portugal – entre outros. Foi também internacional A pela seleção nacional.

Em entrevista por WhatsApp, Beto falou sobre vários temas, mas o que aqui trago é uma frase forte que Beto Pimparel disse e que pode servir de exemplo a muitos futebolistas que preferem o dinheiro ao conforto pessoal e familiar.

Jornalista (J) – Depois de tantos anos no estrangeiro, regressaste a Portugal e a um clube que tão bem conheces, o Leixões. Desta vez foi o coração que escolheu?

Beto (B) – Sem dúvida! Foi uma decisão muito sentimental, muito estudada e ponderada a nível familiar. Eu já disse isto algumas vezes e é verdade: eu não quero ser o gajo mais rico do cemitério. É claro que a parte financeira é importante para qualquer pessoa, seja futebolista ou tenha outra profissão, porque é o nosso sustento. Mas cheguei a uma fase da vida que quero dar prioridade ao fator família. Quero estar perto da minha gente, dos meus amigos, da minha comida, de tudo o que envolve o meu país. E o Leixões vem exatamente nesse seguimento. Foi um clube muito importante para mim; quero dizer pessoalmente obrigado à estrutura e aos adeptos do Leixões.

J – A pandemia acelerou a vontade de regresso a casa?

B- Eu já tinha em mente regressar em breve a Portugal, mas confesso que a pandemia acelerou essa decisão. Quando uma pessoa está mal e a passar alguma dificuldade onde é que quer estar? Em casa e perto dos seus. É assim com toda a gente.

J – A família estava contigo na Turquia?

B – Sim, a minha mulher e a minha filha Maria estiveram sempre comigo. O meu filho vive no Porto com a mãe.

J – Imagino que ele esteja contente. Finalmente vais poder acompanhar o dia a dia dele e aqueles momentos que são tão importantes para uma criança: o levar à escola, à festa do amigo, etc.

B – Aquilo que acabaste de dizer é a realidade. São esses pequenos detalhes que fazem toda a diferença na vida de uma criança e de um pai. Estou muito feliz, porque agora tenho a oportunidade de o acompanhar no dia a dia. E essa foi outra das razões para querer vir para Matosinhos e para o Leixões. O Gonçalo cresceu com a minha presença, dentro daquilo que eu podia. Sempre lhe expliquei o porquê de estar a trabalhar fora de Portugal, também o fiz por ele. Ele é guarda-redes e se seguir os meus passos, um dia vai perceber o porquê de eu ter estado fora daqui. A carreira de um jogador não é feita na cidade onde se cresce, o futebol é global e universal. E quem sabe se um dia ele terá de emigrar e ir à procura do sonho dele? Estamos muito felizes e sei que a qualidade de vida do meu filho vai aumentar por eu estar perto e totalmente presente.

Se quiser ver o resto da entrevista pode ver aqui:

https://abola.pt/nnh/2020-11-07/leixoes-nao-quero-ser-o-gajo-mais-rico-do-cemiterio/867213

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